Levanto e tomo café
No chão quem rasteja é o pé
O tempo não passa
Insônia me cansa
Mas não me mata.
É mais que prazer é quase perfeito
Olho no olho acelero no peito
As vezes penso ser um bom escritor
Mas, não sei se quero que leiam meus escritos
Gosto do hobby minhas linhas meus gritos.
Minha mesa agora é improvisada
Num lugar bem fora do meu transe de escrita
A telha é de barro
Quase avermelhado
Paredes cinzas bem rusticas
Cheio de vigas de encostas
Televisores velhos jogados de canto
Com carinho pra não formar buraco
Tem até janela branca no chão
Roda sem cadeira e cinza velha de colchão.
As ruas estavam cheias
Mas pareciam estarem vazias
Vultos de formas indefinidas
Em meio a barulheira fétida
E até mesmo nos borrões mais estranhos
Se vê belas formas
Como numa tela Widescreen
Só se via aqueles olhos
Mas estavam longe, porém atingíveis
Dois globos iluminados olhavam,
Outros dois enrubescidos
Observavam e refletiam o sangue
Do tecido.