A luz da lua invade a janela aberta iluminando um sofá velho; ele está sentado lá acobertado do frio das 2:23, ouvindo o som da água que corre no córrego e irrompe o silencio da mente, o mato que durante o dia é verde agora é só uma sombra; no final de um ciclo a lua agora amarelada está quase cheia e a impressão que causa é que ela toca a copa das árvores, ele, respira vapor, solta o ar e puxa fundo.
_Sente?
_O quê?
_O cheiro de Deus!
_Gelado.
Um arco-iris noturno vai aos poucos contornado a lua, enquanto ela se esconde por trás das folhas sombras que balançam com os sopros da madrugada, as pernas dele tremem num tique de criança, que ele nem se importa mais e as vezes até gosta pois ajuda a aquecer, a noite silenciosa; às vezes nem tanto.
_Ouve?
_O quê?
_O som de Deus?
_É grilo.
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