Muitas vezes antipática
Me acorda, a voz diz:
_Levanta e olha a lua, bom dia.
Já vi e durmo a caixa
Dentro de mim a lua diz:
_Vem me ver deitar.
O convite é irrecusável
Me troco e estou aqui
A vista verde é nevoa
Que só livra o topo dos montes
Em mim eu sou é lindo
Os galos cantam ao longe
O xamã canta bem perto
Eu sou diz em mim:
_Olhe para traz.
O horizonte laranja/azul
Numa linha perfeita
Estou no meio
Noite indo
Dia vindo
Um pouco mais baixa
Ela amarelando
Via demorar pra deitar
E penso
"Ela vai espera-lo, já estou aqui presenciando e apreciando o que realmente vele apena, também vou"
Me volto para o despertar
As pinceladas eu sou
Pingos estrelas no céu
Sempre digo isso:
_Neblina um lindo véu.
Meus olhos se levantam
As cores no horizonte ascendem
A chegada dele esta próxima
Enquanto ele não levantar
Ela não vai se deitar
Agora da pra ver o chão
O que antes era misto de noite/dia
Agora se entrega ao clarão
Na minha mão esquerda
Eu seguro a lua deitando
Na minha mão direita
Eu seguro o sol levantando
Em estado de graça
Pelo presente recebido
Agradeço com um aceno
Do coração.
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